RESUMO
Pesquisas prévias sobre conselhos de saúde revelaram obstáculos ao desempenho desses colegiados no exercício do controle social, tais como: não disponibilização de informações adequadas pelos gestores, dificuldades de acesso a informações de saúde e falta de capacidade de compreensão dessas informações por parte dos conselheiros usuários e trabalhadores em saúde. Um estudo de caso do Distrito Sanitário III do Recife, contemplando o período de outubro 2003 a julho 2005, revelou que havia grande disponibilidade de informações no Distrito, assim como na Secretaria Municipal de Saúde e nos sistemas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Mesmo assim, não eram utilizadas pelos conselheiros por falta de conhecimento, capacidade e ou interesse, ou ainda, dificuldades de acesso à internet. A maioria dos representantes de usuários, por exercerem lideranças comunitárias, viam a si próprios como fiscais da rede de saúde, havendo grande dependência do distrito e preferência por se discutir temas pontuais e imediatos. O uso de linguagem técnica pelo Distrito dificultava a compreensão das informações, impedindo questionamentos e debates. Através da comparação com resultados de pesquisas anteriores levanta-se algumas questões quanto ao modelo de participação popular do SUS.
Assuntos
Conselhos de Saúde , Sistemas de Informação , Políticas de Controle SocialRESUMO
Pesquisas prévias sobre conselhos de saúde revelaram obstáculos ao desempenho desses colegiados no exercício do controle social, tais como: não disponibilização de informações adequadas pelos gestores, dificuldades de acesso a informações de saúde e falta de capacidade de compreensão dessas informações por parte dos conselheiros usuários e trabalhadores em saúde. Um estudo de caso do Distrito Sanitário III do Recife, contemplando o período de outubro 2003 a julho 2005, revelou que havia grande disponibilidade de informações no Distrito, assim como na Secretaria Municipal de Saúde e nos sistemas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Mesmo assim, não eram utilizadas pelos conselheiros por falta de conhecimento, capacidade e ou interesse, ou ainda, dificuldades de acesso à internet. A maioria dos representantes de usuários, por exercerem lideranças comunitárias, viam a si próprios como fiscais da rede de saúde, havendo grande dependência do distrito e preferência por se discutir temas pontuais e imediatos. O uso de linguagem técnica pelo Distrito dificultava a compreensão das informações, impedindo questionamentos e debates. Através da comparação com resultados de pesquisas anteriores levanta-se algumas questões quanto ao modelo de participação popular do SUS (AU)